Cachorro vermifugado, coração saudável

17/06/2010 18:49

 

A picada de um simples pernilongo transmite vermes que põem em perigo a saúde cardíaca dos cães

 

Quem diria que um parasita microscópico, liberado por uma espécie de mosquito, provocaria muito mais do que coceiras irritantes. De inofensivas, as larvas transmitidas por insetos não têm nada. Elas são capazes até de enfraquecer o coração do animal. E a partir daí o círculo não é nada virtuoso — o seu bicho poderá ser picado por outro pernilongo, que, por sua vez, passará o problema para o pet do vizinho.

Uma dessas larvas é bem ardilosa. “A Dirofilaria immitis é transmitida por pernilongos comuns dos gêneros Culex e Aedes, parente do mosquito que transmite a dengue”, explica o biólogo Guilherme Abbad Silveira, de Porto Velho, Rondônia. Ela entope a cavidade cardíaca à medida que se prolifera e toma conta do espaço. A população crescente de vermes leva à insuficiência do músculo, dificultando o bombeamento de sangue e provocando uma fadiga sem fim. O cansaço que entrega a moléstia, porém, demora a aparecer. Quando surge, é porque a doença, conhecida como dirofilariose, já avançou um bocado.

Pior é quando o problema passa por um mal exclusivamente cardíaco e ignora-se a verdadeira razão do comprometimento: os vermes que moram ali. “É de extrema importância que o seu cachorro seja avaliado por um profissional de sua confiança se você nota mudanças repentinas no comportamento dele”, alerta o veterinário José Manuel Pedreira Mourino, da Clínica Pet Place, em São Paulo (nos complementos da matéria). “Exames de sangue e de ultrassom poderão acusar a presença de vermes e o coração aumentado”, acrescenta.

Uma vez instalados no coração, os parasitas não saem mais. Para atenuar o sofrimento do cachorro — ou do gato e do furão, que são outras vítimas da dirofilariose —, a melhor saída é usar um remédio para evitar que a situação se agrave. “Esse tipo de medicamento é relativamente novo. Impede que as larvas cresçam e se reproduzam, piorando o quadro”, explica a veterinária Eliane Estephan, da Novartis Saúde Animal, em São Paulo. “Ficam somente as larvas adultas, que podem até acabar morrendo. Só que isso costuma demorar. Daí que o animal precisa ser muito bem acompanhado.”

Seu amigo não correrá tanto risco se você se lembrar de algo simples: a vermifugação. “Basta que o pet seja medicado uma vez por mês para ficar imune à doença. Além do mais, protegido, evita que a dirofilariose se alastre em outros animais”, defende Eliane. Há várias drogas para vermifugar. Algumas são mastigáveis, mas as mais procuradas são as ampolas, cujo conteúdo é derramado na pele do animal. Ali o princípio ativo é absorvido e se espalha pelo organismo, afastando os temidos pernilongos. A medida é obrigatória antes de viagens para a praia, já que o litoral concentra esses insetos.

Por Elaine Moraes
 

Fonte: https://saude.abril.com.br/edicoes/0317/bichos/conteudo_518123.shtml

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